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Jornalista suspeita de grampos na apreensão de jornais

Redação - Folha do Paraná
31 mai 2001 às 19:54

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A jornalista Léa Okseanberg, responsável pelos jornais políticos apreendidos por falta de nota fiscal em Curitiba, vai depor nesta sexta-feira, às 15 horas, na Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. Ela já depôs espontaneamente à CPI da Telefonia da Assembléia Legislativa, que investiga denúncias de escutas telefônicas ilegais no Palácio Iguaçu e em comitês eleitorais. A jornalista suspeita que a apreensão só foi possível graças a grampos.

Ela contou aos deputados - que decidiram acompanhá-la durante o depoimento na delegacia - que a carga de jornais vinha de São Paulo (foi rodada na editora da Folha de S.Paulo) e acabou sendo flagrada em frente à CUT (Central Única dos Trabalhadores), na Alameda Cabral.

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"Lá quase nem tem comércio. E justo nessa hora passa a Polícia Militar e a Receita Estadual?", questionou. Léa lembrou da ditadura. "A onda democrática acabou. Onde está a liberdade de expressão?. O governador foi prefeito de Curitiba por indicação de militares. Quando foi para o voto direto, perdeu para o Roberto Requião (1985)", emendou.

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"Estou assustada. Achei que ia amanhecer com a boca cheia de formigas", disse à CPI. A jornalista adiantou que vai processar o governo do Estado por danos morais. "O que está acontecendo é uma total inversão de valores. Nós é que deveríamos entrar com uma queixa-crime por terem apreendido os jornais", declarou.

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Além da denúncia-crime apresentada pelo governo do Estado, o governador Jaime Lerner decidiu apresentar notícia-crime sobre o caso e quer indenização. O secretário da Comunicação, Rafael Greca (que aparece no jornal), também contratou advogado para tomar providências em relação ao caso.


O relator da comissão, Algaci Túlio (PTB), manifestou seu repúdio à apreensão do material. "É um abuso de autoridade, um atentado à liberdade de imprensa."


Os jornais foram apreendidos, segundo a Receita Estadual, por não apresentarem nota fiscal. O presidente da CPI, Tony Garcia (PPB), acredita que tem nas mãos mais um caso de escuta ilegal. "Não podemos admitir atos arbitrários".

O Fórum de Luta por Trabalho, Terra, Cidadania e Soberania vai fazer uma manifestação às 10 horas na Boca Maldita contra a apreensão dos jornais. A delegacia determinou a apreensão do restante dos jornais. São 96 mil no total. Anteontem foram apreendidos cerca de 17 mil.


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