O juiz da 10ª Vara Cível, Álvaro Rodrigues Júnior, acatou pedido da defesa do vereador Paulo Arildo Domingues (PSDB) e concedeu efeito suspensivo à sua sentença de 28 de setembro, que condenou o político tucano à perda do mandato e à suspensão dos direitos políticos por dez anos. Isso significa que Paulo Arildo poderá permanecer no cargo até o trânsito em julgado (enquanto houver possibilidade de recurso) da condenação por improbidade administrativa.
Arildo foi acusado pelo Ministério Público de "racha de salários". Ele exigiria que quatro assessores lhe dessem parte do salário pago pela Câmara Municipal como condição para permanecerem nos cargos. Após o depoimento dos assessores e ex-assessores, o juiz considerou que efetivamente o vereador praticou improbidade.
A defesa de Arildo recorreu ao Tribunal de Justiça da condenação e, segundo o advogado Dely Dias das Neves, o principal argumento é contradição nas provas testemunhais. "A divisão dos salários não está comprovada. Os assessores entram em contradição em seus depoimentos. É uma prova frágil que não deve ser acatada pelo Judiciário", disse à Rádio Paiquerê.