A 2ª Vara Federal de Curitiba decretou o seqüestro (indisponibilidade) de bens e o bloqueio de ativos financeiros – contas bancárias, aplicações, entre outros – de Meheidin Hussein Jenani e sua mulher, Rosa Alice Valente, assessores do deputado Federal José Janene (PP-PR), além da esposa dele, Stael Fernanda.
A decisão da Justiça Federal foi baseada no cruzamento entre informações prestadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), por bancos e pela Receita Federal. Com base nesses dados, segundo o Ministério Público foi possível identificar que os investigados, todos funcionários públicos (assessores do parlamentar) vêm, desde 2003, movimentando valores e adquirindo patrimônio absolutamente incompatível com seus rendimentos.
A Polícia Federal (PF) investiga a suspeita de lavagem de dinheiro e de crime contra o sistema financeiro que recaem sobre os assessores e Stael. Segundo a PF, pelo que já foi apurado, é possível que assessores do ex-líder do PP tenham usado dinheiro do ''valerioduto'' para adquirir propriedades em nome da esposa de Janene, Stael Fernanda.
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Em março de 2004, a PF de Londrina foi comunicada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de que o assessor parlamentar (primo do parlamentar) teria uma movimentação financeira cerca de 300 vezes maior que o declarado à Receita Federal. Uma vez analisada a declaração e a quebra de sigilo bancário, os policiais constataram que a suspeita procedia.
Pelas movimentações financeiras de Jenani, a PF chegou à esposa dele, Rosa Alice Valente. A partir dela, chegou-se a Stael.
No dia 18 de maio a polícia cumpriu nove mandados de busca e apreensão, sendo cinco em Londrina , pela ''Operação Lavaduto'', na tentativa de colher provas e instruir as investigações que começaram em março de 2004.
Foram apreendidos malotes de documentos no escritório político de Janene.
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