A Corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou, por unanimidade, na tarde desta quinta-feira (31), o pedido de impugnação da candidatura de Gleisi Hoffmann (PT) ao governo do Paraná e deferiu a candidatura da petista, a primeira candidata oficializada pelo TRE.
O pedido de impugnação foi feito pelo candidato Ogier Buchi (PRP), que alegava que a indicação do vice de Gleisi, Haroldo Ferreira (PDT), ocorreu fora do prazo estabelecido pela legislação eleitoral. Além de rejeitar, o pedido de impugnação, o Ministério Público Eleitoral (MPE) determinou ainda a abertura de processo criminal contra Ogier Buchi por má fé.
Em seu parecer, o MPE já havia alertado para o cunho político do pedido de Ogier Buchi. "(...) chama a atenção o eminente cunho político que a presente impugnação aparenta ter, seja pela grande repercussão da impugnação na imprensa, seja pelos fraquíssimos argumentos para seu ajuizamento".
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Desde que o pedido de impugnação foi protocolado, o coordenador jurídico da coligação Paraná Olhando pra Frente, Luiz Fernando Pereira, afirmou que não havia irregularidade alguma no registro da candidatura de Gleisi.
Ele explicou que dia 30 de junho foi o prazo final para as convenções, mas os registros dos candidatos poderiam ser feito até cinco dias depois. No caso do PDT e de outros partidos, os convencionais delegaram à executiva do partido a escolha do vice. A indicação de Haroldo aconteceu no dia 1º de julho.
Ogier Buchi reagiu com naturalidade ao anúncio de que poderá ser alvo de uma ação judicial. "É um direito que a candidata tem. Assim como eu impugnei a candidatura dela, e tenho esse direito, ela pode mover um processo contra mim. Vou me preparar e me defender, e a Justiça decidirá". O candidato informou, ainda, que irá recorrer contra o registro da candidatura de Gleisi. "Não vou comentar a decisão do TRE, pois decisão da Justiça não se discute, mas vou recorrer. Continuo acreditando no que diz a Lei e a indicação do vice dela ocorreu fora do prazo", declarou.