A sessão desta segunda-feira (7), na Assembleia Legislativa, foi curta e durou menos de uma hora. Estranhamente, no mesmo dia em que foi apresentado pedido de impeachement do presidente da Casa, Nelson Justus (DEM) e do primeiro secretário, Alexandre Curi (PMDB). O Partido Verde, denunciador, quer a saída dos dois pelos escândalos de funcionários fantasmas e desvio de R$ 26 milhões dos cofres públicos.
Logo após a sessão, Justus procurou se defender das acusações junto à imprensa. "Sou um homem democrático e de formação jurídica, portanto me sujeito a todas as decisões da Justiça e manifestações populares. Acho que isso tem que ser muito bem avaliado", disse.
A manifestação ainda está em trâmite na Assembleia. "Ainda não recebi. Vamos designar um ou dois relatores para analisar essa questão que é muito grave", comentou Reinolds Stephanes Junior (PMDB) em entrevista à rádio Band News/Curitiba.
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Contra a corrupção:
Um movimento comandado por diversas entidades da sociedade civil organizada promove nesta terça-feira (8), às 18h, uma manifestação contra os atos de corrupção na Assembleia Legislativa do Paraná. O objetivo é pressionar a saída da mesa diretora do Legislativo.
Em Londrina, o ato público será realizado no Calçadão, enquanto em Curitiba a manifestação está marcada para a Boca Maldita. O protesto, apoiado pro 434 entidades, 859 empresas e mais de 20 mil pessoas por meio de abaixo-assinado.
"O paranaense, tido como pessoas de uma certa timidez, não hesitou em participar. A voz das ruas é importante. Essa situação pode levar a uma pressão que acarrete o afastamento da mesa", cogitou o presidente da OAB Paraná, José Lúcio Glomb, em entrevista à rádio CBN. "Se ainda não existe culpa na Justiça, há uma questão ética. Estas pessoas estão respondendo por atos que partiram de suas próprias assinaturas", completou.