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Em Atibaia

Laudo da PF diz que Lula e Marisa Letícia orientaram reforma de cozinha de sítio

Agência Brasil
28 jul 2016 às 21:03

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- Reprodução
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A Polícia Federal (PF) enviou nesta quinta-feira (28) ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, laudo no qual afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-primeira dama Marisa Letícia orientaram as reformas realizadas no Sítio Santa Barbara, em Atibaia (SP).

O imóvel é frequentado pela família do ex-presidente e alvo das investigações da Operação Lava Jato, que apura a suspeita de que as obras foram pagas pela construtora OAS, que é investigada na operação.

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Segundo os investigadores, as reformas começaram após a compra da propriedade pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, quando" foram elaborados os primeiros desenhos arquitetônicos para acomodar as necessidades da família do ex-presidente". De acordo com a PF, a execução das obras foi coordenada por um arquiteto da OAS, "com conhecimento do presidente da OAS, Léo Pinheiro".

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No laudo, os peritos citam as obras que foram realizadas, entre elas a de uma cozinha avaliada em R$ 252 mil. A estimativa é de que tenham sido gastos R$ 1,7 milhão, somando a compra do sítio (R$ 1,1 milhão) com a reforma (R$ 544,8 mil).

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"Os peritos apontam para evidencias substanciais que a Cozinha Gourmet foi reformada e instalada entre o período aproximado de março a junho de 2014, tendo sido acompanhada por arquiteto da OAS, sob comando de Léo Pinheiro [ex-presidente da empreiteira] e, segundo consta nas comunicações do arquiteto da Construtora, com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa", diz trecho do laudo.


Em nota, o Instituto Lula negou mais uma vez que o ex-presidente seja proprietário do sítio. "O ex-presidente sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois da Presidência da República, por isso é reconhecido em pesquisas como o melhor presidente da história do Brasil", diz o comunicado.


Os advogados do ex-presidente afirmaram, em nota, que "causa estranheza que o referido laudo policial - em procedimento conduzido pelo juiz Sergio Moro - tenha vindo a público exatamente no mesmo dia em que os advogados do ex-presidente protocolaram perante a Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, uma reclamação por graves violações ao Pacto de Direitos Civis e Políticos, cometidas pelo citado magistrado". O laudo, segundo eles, é "inconclusivo e elaborado sem observância das provas existentes nos autos".

Atualizada às 29/07 - 12h59


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