A pauta de votações da Assembléia Legislativa do Paraná estará esvaziada durante toda esta semana, por causa do leilão de privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel), marcado para quarta-feira, no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, por falta de quórum, nem todos os itens da Ordem do Dia foram votados. As discussões continuam voltadas para a venda da estatal. A expectativa é que nos próximos dias não haja quórum para votação.
O líder do governo, deputado Durval Amaral (PFL), disse que a pauta está mais fria com a concordância da própria base governista, que entendeu ser melhor não votar temas delicados por enquanto. "As votações só voltam ao normal na segunda-feira", avaliou Amaral. A pauta é elaborada pelo presidente da Casa, deputado Hermas Brandão (PSDB), com a participação dos líderes dos partidos.
O líder governista promete uma ofensiva contra a oposição, assim que a venda seja consumada. "Vamos sair da defensiva e partir para o ataque. A oposição terá que buscar sua sobrevivência", declarou Amaral, sem adiantar o teor da ofensiva. Ele disse que, a partir da realização do leilão, a oposição perde sua principal bandeira eleitoral: as críticas à privatização da estatal. "O governo vai reaglutinar suas forças", completou.
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Os governistas apostam nos recursos da Copel. Eles receberão parte do dinheiro para investimentos em suas bases.
Desde o início do ano, a oposição tem concentrado os discursos em torno da venda da empresa. Nesta segunda, o líder da oposição, Waldyr Pugliesi (PMDB), reclamou da ausência dos governistas no plenário. Segundo ele, a oposição é responsável pela maior parte das presenças. Orlando Pessuti (PMDB) reclamou, na tribuna, que não pôde ser votado - em redação final - o código de saúde do Paraná, com as regras para a vigilância sanitária.
Um dos temas mais importantes que aguarda votação este ano é o novo modelo do plano de saúde dos servidores estaduais, encaminhado em fevereiro pelo Palácio Iguaçu. O anteprojeto que reestrutura o Poder Judiciário no Estado, criando novas varas e cargos, pode ficar para o próximo ano.