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Lerner garante que Cassio não sai do PFL

Luciana Pombo e Maria Duarte - Folha do Paraná
02 out 2001 às 21:25

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O governador Jaime Lerner (PFL) garantiu que o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, permanecerá no PFL. Cassio - tradicional aliado político do governador - estava sendo disputado pelo PSDB, que cogita lançar seu nome à sucessão ao governo do Estado, em 2002.

Lerner não quis polemizar. Garantiu que faz sucessor, mas admitiu a possibilidade de o PFL sair a reboque do PSDB. Segundo o governador, não importa de que partido seja o candidato à sucessão. "Não tenho dúvida que o próximo governador será da nossa linha de trabalho", resumiu. PSDB, PFL e PTB deverão estar juntos na disputa do próximo ano.

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Lerner antecipou-se a uma manifestação de Cassio, que não tem dado declarações sobre o assunto nos últimos dias. A permanência do prefeito no PFL foi costurada pela cúpula nacional do partido, e selada após uma conversa entre Cassio e Lerner. O filho do prefeito, Gustavo, e a mulher, Marina, assinaram ficha de filiação no PSDB na semana passada. Marina deve ser candidata a deputada estadual.

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"Tenho tanto respeito e amizade com o Cassio que não precisou que eu me empenhasse para que ele tomasse a decisão de ficar no PFL. Sempre andamos juntos, no mesmo partido. E continuaremos juntos", afirmou Lerner, após a solenidade de autorização para o início de obras de recuperação de estradas federais e estaduais que cortam o Paraná.

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Lerner disse não ter dúvida que conseguirá fazer seu sucessor com o apoio de uma grande frente de aliança partidária. Entre os partidos coligados estariam o PSDB, o PTB e o PPB. "Não tenho dúvidas que o PFL e o PSDB vão andar juntos nas eleições do ano que vem. As divergências que existiam foram criadas por boatos e já foram contornadas. O próximo governador do Paraná será fruto do nosso trabalho. Não duvidem de quem tem uma história de luta como eu tenho", desafiou.


O governador não quis citar nomes para a sucessão estadual. Disse apenas que são vários políticos dentro do PFL e do PSDB que poderão pleitear o cargo. Em tese, o Palácio Iguaçu não tem um nome de consenso para disputar a chefia do Executivo.


"Os nossos opositores sempre lançam nomes antes da hora e ficam desgastados. Nós só anunciaremos na hora certa", cutucou Lerner, fazendo menção aos pré-candidatos ao governo do Estado, Alvaro Dias (PDT) e Roberto Requião (PMDB).

As críticas aos ex-governadores continuaram. Lerner fez questão de enfatizar que a política feita no Paraná é vergonhosa. "Basta lembrar que os três senadores paranaenses votam contra o Estado no Congresso Nacional. Eles anunciaram um fracasso que não aconteceu. Disseram que não conseguiríamos a atração de indústrias e tiveram que se contentar com o Estado tendo o segundo maior pólo automotivo do Brasil. Agora o Estado está com as finanças equilibradas e nem precisou para isto dos recursos da privatização da Copel. Está na hora de mudarmos a representação paranaense no Senado Federal", complementou.


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