A Câmara Municipal de Londrina realizou nesta terça-feira (9) a primeira sessão após as eleições municipais do último domingo (7). O financiamento das campanhas foi criticada, principalmente, pelos vereadores que não conseguiram a reeleição.
Tito Valle (PMDB) disse que a ética e competência não são levadas em consideração por alguns eleitores, que são seduzidos pelo "critério do cinquentão". "É uma disputa desigual. Algumas campanhas com marqueteiros de fora e recursos econômicos e outros quase sem recursos", comentou o vereador. Ele ainda aproveitou para atacar a retorno de alguns parlamentares ao Legislativo. "Alguns eleitos já escreveram páginas horríveis nesta Casa", disparou o vereador que recebeu 1.772 votos e ficou com a 1ª suplência do PMDB.
O vereador Amauri Cardoso (PSDB) ressaltou a necessidade de uma reforma eleitoral para impedir o financiamento da iniciativa privada na disputa pelo cargo público. "É desigual a forma como concorremos", resumiu. Cardoso teve 2.638 mil, mas não continuará no Legislativo em 2013. "Foram votos verdadeiros. Não teve adesivo de carro pago com combustível e nem churrasco", criticou.
Leia mais:
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que transforma Detran em autarquia
Plano de precatórios garante economia milionária para Londrina
O vereador do PP, Joel Garcia, que recebeu 778 e também ficou de fora da próxima legislatura, afirmou que deixará a Câmara satisfeito no final do ano. "Cassamos dois prefeitos, praticamente. Para mim, está bom.", declarou. "Vou continuar fiscalizando. Sou mais perigoso com a minha caneta do que com o microfone, pois sou advogado", prometeu.
Ele ainda criticou o debate entre os candidatos à Prefeitura de Londrina que foram para o segundo turno e afirmou que é necessário intensificar o debate e apresentar as propostas. "O Kireeff e o Belinati precisam discutir saneamento básico", citou. Garcia também atacou o vereador eleito Emanoel Gomes (PRB), que de acordo com o parlamentar, "escondeu que era pastor e que era da Universal".
"Ele já comprou um GPS atualizado de Londrina para o ano 2013, pois não sabia nem onde era a rua das Maritacas", disparou o vereador, lembrando que o pastor eleito está há um ano e oito meses na cidade.
Os aliados do ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), que não foram reeleitos, preferiram permanecer em silêncio. Roberto da Farmácia do Vivi (PTC) e Sebastião dos Metalúrgicos (PDT) não se manifestaram. Já os vereadores Rodrigo Gouvêa (PTC) e Eloir Valença (PHS) estavam ausentes.