As investigações do Ministério Público contra o deputado estadual Boca Aberta Júnior (Pros) geraram três pedidos de cassação do mandato dele, de seu pai, o deputado federal Boca Aberta (Pros) e de sua mãe, a vereadora de Londrina Mara Boca Aberta. O motivo das representações seriam supostas quebras de decoro parlamentar por atos que são investigados pelo MP.
Segundo o advogado Mário Barbosa, que assiste o autor dos pedidos, Leonardo Cesar dos Santos, os documentos já foram protocolados na Câmara Municipal de Londrina e na AL (Assembleia Legislativa) do Paraná entre esta terça (8) e quarta-feira (9). O requerimento para a Câmara dos Deputados foi enviado pelos Correios e ainda não chegou ao destino.
Os argumentos do MP contra a "família Boca Aberta” têm como base denúncias de supostos desvios de materiais esportivos destinados a escolas de Londrina, adquiridos com verbas parlamentares obtidas por Boca Aberta Júnior, suposta divisão de parte dos salários de assessores e ex-assessores do deputado estadual para aquisição de cestas básicas, caixas de leite e fraldas para doação e supostos pagamentos de contas pessoais da família.
Leia mais:
Festa de 94 anos de Sarney reúne ministros e líderes do Congresso em Brasília
'Se não tiver prova, Textor será banido do futebol brasileiro', diz senador Jorge Kajuru
Lei para banir TikTok nos EUA pode inspirar Brasil contra Musk, diz professor
Não há evidências de manipulação no Brasileiro de 2023, diz Sportradar
Tanto o deputado federal quanto o estadual negam as irregularidades - a vereadora foi procurada, mas participava de uma comissão no Legislativo londrinense para debater a lotação dos ônibus no transporte público local.
Os pedidos de cassação trazem trechos de depoimentos de ex-assessores do deputado estadual ao MP, nos quais eles alegam que foram coagidos, reproduções de vídeos dos produtos para doações, entre outras provas levantadas pelo MP - Emerson Petriv, o Boca Aberta "pai”, diz que as provas levantadas pelo MP são falsas.
Nos pedidos de cassação, o autor pede que as representações sejam encaminhadas aos conselhos de ética das respectivas Casas e o afastamento cautelar imediato dos parlamentares durante o eventual processo de inquérito.
Leia a matéria completa na FOLHA com as defesas dos deputados.