Apontado como "gestor político" do esquema de arrecadação de propina operado por auditores fiscais de Londrina e chefes da Receita Estadual do Paraná, em Curitiba, Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa (PSDB), chegou ao Ministério Público por volta das 15h desta quarta-feira (17) para prestar depoimento na segunda fase da Operação Publicano.
Além de Abi, também compareceram nesta tarde para prestar depoimento o advogado Fabrício Rezende Camargo e o auditor José Aparecido Camargo.
Abi ficou no local por cerca de 50 minutos, e deixou a sede do MP em silêncio. Ele não estava algemado e também não usava o uniforme da PEL 2.
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Segundo o delator do esquema, o auditor Luiz Antonio de Souza, Abi determinou ao auditor Márcio de Albuquerque Lima, que era o delegado da Receita de Londrina até meados de 2014 e, posteriormente, assumiu, também por indicação do amigo Abi, o cargo de Inspetor-geral de Fiscalização da Receita do Paraná, o encerramento imediato de fiscalização de determinadas empresas.
Abi é investigado, além de ser integrante da quadrilha, por crime de prevaricação, descrito no artigo 319 do Código Penal: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal".
(colaborou Marcos Zanutto/Equipe Folha)