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Está disposto a "brigar"

Lula diz se sentir provocado a disputar eleições de 2018

Agência Brasil
29 jul 2016 às 20:14

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- Reprodução
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (29) que se sente provocado a voltar a se candidatar à Presidência da República em 2018. Ele destacou que o partido tem outros nomes de qualidade, mas ele está disposto a "brigar" novamente. As declarações do ex-presidente foram feitas em discurso a trabalhadores e sindicalistas do ramo financeiro, quando Lula se queixou do tratamento dado a ele pela imprensa, das acusações que vem recebendo e de vazamento seletivos contra o PT.

"Eu tenho 70 anos de idade. Pareço um jovem de 30 anos. Mas o seguinte: eu tenho muita vontade de brigar. Se o que eles estão falando pela imprensa de que o objetivo de tudo isso é tirar o Lula da campanha de 2018, não precisava fazer isso. Porque a gente pode escolher um outro companheiro com mais qualidade ou uma companheira", disse. "Agora, essa provocação me dá uma coceira, me dá sabe aquele chamegão. Achar que eu vou ficar quieto por conta de ameaça, eu não vou. Eu duvido que tenha alguém nesse país que seja mais cumpridor da lei do que eu. A única coisa que eu quero é respeito".

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Lula pediu que setores da imprensa não o julguem e o condenem por meio de manchetes e disse que há em curso uma ação premeditada de criminalizar o PT. "Que há vazamentos seletivos da imprensa contra o PT, eu não tenho dúvida. Eu não sou de ficar chorando, eu sou de ficar brigando. Eu acho que a gente tem que ter consciência do processo que está acontecendo no Brasil", disse.

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O ex-presidente disse que sua história de vida mostra que não será fácil derrotá-lo. "Eles não sabem que eu fui criado com umbuzada. Eles não sabem. Na maior seca do mundo você encontra [o fruto] umbu. E quem comeu umbuzada é duro morrer antecipadamente e muito menos morrer pela vontade dos outros".

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Golpe


O ex-presidente criticou novamente o processo de impeachment da presidente da República afastada Dilma Rousseff e ressaltou que os votos sobre o afastamento dela no Congresso Nacional não refletem a vontade da população brasileira.

"Eles acharam muito mais fácil ganhar uma eleição dando um golpe no Congresso Nacional, tendo 342 votos, porque já tinham perdido na rua quando a Dilma teve 54 milhões de votos", disse. "Eles ficavam pensando: vamos dar um jeito de acabar com isso, é demais essa mulher aí. Daqui a pouco volta aquele nordestino outra vez e vem querer governar outra vez. Aí são mais quatro anos esperando. Vamos acabar com isso".


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