Luiz Inácio Lula da Silva e José Serra tiveram uma conversa sigilosa, há cerca de um mês, no hangar de uma companhia de táxi aéreo no movimentado aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os dois se encontraram-se quando o tucano partia e o petista chegava de compromissos de campanha.
Um encontro casual, juram assessores dos dois lados. ''Você tem tempo para a gente conversar um pouco'', sugeriu Lula, convite prontamente aceito por Serra. Os dois trancaram-se numa das duas salas reservadas do hangar, para o espanto dos assessores que os acompanhavam, e conversaram reservadamente por cerca de 30 minutos. Distantes poucos metros, os dois times permaneceram calados, após uma troca protocolar de frases e cumprimentos.
A deputada Rita Camata (PMDB-ES), candidata à Vice-Presidência na chapa do tucano, estava presente, mas não participou da conversa, da qual Lula e Serra são as únicas testemunhas. Teria sido uma conversa amistosa, que sugeria uma convergência no futuro. Em 30 dias, o clima mudou bastante. Agora, Serra e Lula dedicam-se a uma troca de farpas que tende a se acentuar.
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Há um mês, as pesquisas registravam vertiginosa ascensão de Ciro Gomes (PPS), o que favorecia a discussão intramuros sobre uma possível composição PT-PSDB no segundo turno da eleição.
Serra, segundo pesquisa do Ibope daquela semana, tinha 11% da preferência do eleitorado, o mesmo patamar no qual se achava Anthony Garotinho (PSB).