O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez comentários diretos sobre as declarações do líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, que teria afirmado ontem "que os sem-terras representam um exército de 23 milhões de pessoas que não podem dormir enquanto não acabarem com eles [os latifúndios]".
Segundo o porta-voz da presidência, André Singer, "O presidente da República considera tão absurdas as frases atribuídas ao coordenador do MST que prefere aguardar uma eventual confirmação dessas frases, por parte do coordenador, antes de se pronunciar a respeito".
Diferentemente de Lula, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, divulgou nota condenando as declarações de Stédile. Ele considerou que a frase do líder nacional dos sem-terra representa uma agressão ao Estado de Direito e à democracia.
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"Trata-se de um absurdo inconcebível, um equívoco brutal, e uma ameaçadora agressão ao Estado de Direito e à democracia. Defender uma solução violenta para a questão agrária é não ter compromisso com o império da lei, com a democracia e com a paz', diz uma nota divulgada pelo ministro.