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Na Argentina

Lula faz discurso na 4ª Cúpula das Américas

Redação Bonde
05 nov 2005 às 14:58

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O governo brasileiro está preocupado em discutir uma política de livre comércio sem os subsídios agrícolas dos países desenvolvidos, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conversa com jornalistas brasileiros antes da reunião bilateral entre Brasil e Equador na 4ª Cúpula das Américas.

Lula reafirmou a posição brasileira de esperar a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Hong Kong, na China, no próximo mês, antes de marcar data para reiniciar as negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), paradas desde o ano passado.

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"Essa discussão de livre comércio tem de ser feita, agora, na OMC. Nós estamos próximos da rodada de Doha, próximos de ter um acordo com a União Européia e os Estados Unidos. Qualquer coisa que fizermos agora estaremos atropelando os fatos, e criando, quem sabe, empecílio para a própria reunião da OMC", explicou.

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O presidente destacou que o livre comércio é importante, desde que sejam levadas em conta as assimetrías entre os países, "se levarmos em conta que precisamos ajudar e ser mais generosos com os países mais pobres, com aqueles mais frágeis, do ponto de vista de sua economia".

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De acordo com Lula, o discurso do presidente Argentino Néstor Kirchner na abertura da Cúpula mostrou que a recuperação econômica de países latino-americanos como Argentina, Colômbia, Paraguai e o próprio Brasil dará a dimensão para uma discussão maior sobre um acordo de livre comércio na região. "Na hora que estivermos fortes e economicamente estáveis, vamos poder sentar com os países mais desenvolvidos e fazer acordos que sejam saudáveis para todo mundo", disse.


Apesar da polêmica sobre a inclusão – ou não – da Alca no relatório final da Cúpula, Lula disse que o principal tema do encontro é a criação de empregos. "Quando fui convidado para essa reunião, havia três temas para que discutíssemos nessas 24 horas: emprego, emprego e emprego. Não estava em nenhum momento escrito que o tema seria Alca", disse.

Para Lula, o Brasil está no melhor momento para fazer um acordo na reunião da OMC que seja benéfico ao país.


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