Em entrevista à uma rádio paulista o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, chorou e ameaçou abandonar a carreira política. Ele está preso desde o dia 10 de setembro junto com o filho Flávio na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Eles são acusados de quatro crimes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Maluf questionou se a prisão dele era justa e afirmou ser um preso político. Ele também desabafou que seria difícil retomar a vida política.
Pai e filho foram flagrados em escutas telefônicas tentando impedir o depoimento do doleiro Vivaldo Alves, conhecido como Birigui, à Polícia Federal.
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Birigui, que também é réu no processo criminal, acusado também pelos quatro crimes (e lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção passiva e formação de quadrilha), confessou ter movimentado aproximadamente US$ 161 milhões do ex-prefeito no exterior, recebeu diversos telefonemas de Flávio. Pelas conversas gravadas, a juíza federal entendeu que os Maluf tentaram convencer o doleiro a não depor na Polícia Federal.
Paulo Maluf e o filho tiveram a prisão preventiva decretada na noite do dia 09 de setembro pela juíza da 2ª Vara Federal de São Paulo, Sílvia Maria Rocha, que entendeu que, em liberdade, os Maluf poderiam atrapalhar o período de instrução penal, quando são ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa. A soma das penas mínimas dos crimes dos quais estão sendo acusados é de oito anos.
Paulo Maluf comentou que sua prisão é absurda, pois em nenhum momento ele tentou coagir testemunhas do inquérito. Ele se defendeu ao dizer que Birigui é réu, e não testemunha.
Pai e filho deverão ser interrogados, a portas fechadas, pela Justiça Federal, às 14h30 desta quarta-feira (21).
Nesta quinta-feira (22), às 15h30, a Justiça Federal deverá interrogar o doleiro Birigui, também envolvido nas acusações, e o ex-diretor da construtora Mendes Júnior Simeão Damasceno de Oliveira, acusado de pagar propina para obter benefícios para a empresa.
Fonte: Terra e Folha Online