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Possibilidade aberta

Marina Silva diz que não descarta concorrer em 2014

Agência Estado
01 out 2012 às 18:47

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A ex-senadora Marina Silva (sem partido) não descartou a possibilidade de concorrer novamente à presidência da República em 2014, durante entrevista coletiva em Porto Alegre, nesta segunda-feira. Questionada pelos repórteres se estaria fora do jogo na próxima eleição, ela deixou todas as possibilidades abertas. "Não sei se serei candidata novamente", esquivou-se, para, na sequência, comparar sua situação atual com a de quatro anos atrás. "Se vocês tivessem me perguntado isso em 2008 eu também não saberia porque eu nunca imaginei que pudesse ser candidata à presidência da República". Marina concorreu em 2010 e fez cerca de 20 milhões de votos.

Ao mesmo tempo, a ex-senadora sustenta que o legado daquela votação é maior do que ela e que as pessoas comprometidas com a sustentabilidade podem estar em qualquer partido. "Se em 2014 tiver um excelente nome comprometido com esse legado eu sou a melhor cabo eleitoral; sou melhor para pedir votos para os outros do que para mim".

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Na campanha eleitoral deste ano Marina Silva tem percorrido o País para dar apoio a candidatos ligados ou comprometidos com o movimento transpartidário pela sustentabilidade que criou. Nesta segunda-feira a ex-senadora participou de atividades das campanhas de Gisele Uequed (PTN) em Canoas e Adão Villaverde (PT) em Porto Alegre. Na quarta-feira estará apoiando Luiz Eduardo Cheida (PMDB) em Londrina e Rodrigo Loures (PMDB) em São José dos Pinhais.

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"As estruturas partidárias que temos não dão conta da complexidade política que vivemos", afirmou Marina. "É por isso que, neste momento, eu priorizo o movimento", justificou, destacando que as ideias de aprofundamento da democracia e da sustentabilidade podem ser apropriadas por todos.

Ao falar sobre o mensalão, Marina repetiu o que vem dizendo nos últimos dias. "Se tem alguém que parece inocente e é culpado, que seja punido; se tem alguém que é inocente e parece culpado, que seja inocentado". Ao mesmo tempo, não viu qualquer relação entre o período de julgamento do caso e as eleições. "Não acredito que a Corte fosse fazer o seu calendário preocupada em criar uma situação", ressaltou.


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