A possibilidade de cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) abriu uma temporada de movimentações nos partidos que poderá trazer até a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) para disputar um cargo pelo Paraná. A mulher de Moro, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), também já ensaiou sua volta ao Estado para a disputa, depois de ter sido eleita por São Paulo.
O ex-juiz será julgado a partir de 1º de abril pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Se tiver o mandato cassado, a Justiça Eleitoral convocará uma eleição suplementar para definir o substituto de sua vaga.
A especulação a respeito da possível candidatura de Michelle Bolsonaro começou no fim do ano passado e seu nome chegou a aparecer em pelo menos duas pesquisas de intenção de voto. A ex-primeira-dama nunca confirmou a intenção de disputar a vaga pelo Paraná, mas é vista como grande trunfo eleitoral pelo PL desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarado inelegível. Outras opções seriam ela disputar uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, em 2026, ou a presidência da República.
Leia mais:
Lula tem alta da UTI e passa a ter cuidados semi-intensivos no hospital
Proposta nacional é mais flexível sobre armazenamento de celular na escola
Lula tem dreno removido, segue lúcido e bem, informa boletim médico
Câmara de Londrina vota Orçamento e Plano Diretor em sessão extraordinária
Líderes do PL no Paraná não comentam o assunto, mas a indicação de que a possibilidade de candidatura de Michelle vem ganhando força foi dada na semana passada, quando o partido esteve próximo de filiar o ex-governador Beto Richa (PSDB) para a disputa pela prefeitura de Curitiba (Leia mais nesta edição). Ao descartarem a filiação do tucano, lideranças do PL afirmaram que o candidato do partido à prefeitura da capital será Paulo Eduardo Martins, ex-deputado federal que perdeu as eleições para o Senado em 2022.
Martins ficou em segundo lugar na eleição de 2022, com mais de 1,6 milhão de votos (29% do total), e seria o candidato natural da legenda para a nova disputa pelo Senado (uma das ações que poderá levar à cassação de Moro por abuso de poder econômico e caixa dois na pré-campanha de 2022 foi movida pelo PL). O ex-deputado teria o apoio do presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, e do governador Ratinho Júnior (PSD).
Realizada na quarta-feira (13), a reunião entre Beto Richa e o ex-presidente Jair Bolsonaro, em que foi discutida a possível entrada do tucano no PL, foi articulada pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR). No dia seguinte, Barros divulgou um vídeo em que comunicou seu apoio a Martins na corrida pela prefeitura da capital. “Deixo registrado meu apoio ao pré-candidato a prefeito do Paulo Martins. O PL precisa assumir esse protagonismo na eleição de Curitiba.”
SAIBA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA.