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Enriquecimento ilícito

MP aciona ex-prefeito por parceria com Oscip de Londrina

Redação Bonde
19 mar 2013 às 13:29

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- Reprodução
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O Ministério Público do Paraná propôs nesta segunda-feira (18) ação civil pública de responsabilidade, por ato de improbidade administrativa, contra o ex-prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi (2005/2008 e 2009/2012) e outras quatro pessoas por enriquecimento ilícito.

De acordo com a ação, entre 2005 e 2006, o então chefe do Executivo local realizou desvio de verbas públicas, a título de taxa de administração, através de parceria com o Centro Integrado e Apoio Profissional (Ciap) - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) (sem fins lucrativos) -, sediado no município de Londrina.

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Segundo o promotor de Justiça Marcos Cristiano Andrade, autor da ação, as parcerias culminaram no desvio de verbas públicas no valor de R$ 941.661,05 em favor da entidade, por meio de seu presidente, de valores pertencentes aos cofres públicos do Município de Foz do Iguaçu, sobre o total pago de R$ 4.812.142,88. Além disso, relata a Promotoria, o desvio foi realizado "mediante terceirização ilegal de mão de obra de 1251 pessoas e outras violações a diversas leis e pagamentos a maior, sem qualquer aditivo ou previsão contratual".

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A constatação das irregularidades surgiu, explica a Promotoria, da análise de cinco termos de parcerias emergenciais, todos de 2005, que previam a contratação de 21 médicos, 121 agentes de saúde, 29 supervisores, 570 pessoas para trabalho em creches e outras 71 pessoas de cargos especificados.

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A Promotoria sustenta que essas parcerias entre a administração municipal e o Centro Integrado e Apoio Profissional (Ciap) "não passaram de contratação ilegal de serviços terceirizados de mão de obra, a violar a regra constitucional de obrigatoriedade de seleção de servidores públicos por meio da realização de concurso público". Diante disso, o Ministério Público pediu que seja deferida a liminar de indisponibilidade dos bens dos réus, além da condenação de todos pelas práticas de atos de improbidade.


Caso Ciap em Londrina

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Em 2011, 12 pessoas ligadas ao Ciap, entre elas o presidente da Oscip, foram condenados por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, acusados de desviarem cerca de R$ 300 milhões em recursos públicos, sendo R$ 10 milhões, somente em Londrina.


Na ocasião, o Ciap era responsável pela contratação de funcionários para a Policlínica, Samu, agentes de endemias, Programa Saúde da Família, Sistema de Internação Domiciliar e PSF Indígena. Ao todo, os contratos com a Oscip somavam R$ 47 milhões.

A descoberta do esquema culminou em uma crise na área da saúde em Londrina e os serviços gerenciados pelo Ciap foram prejudicados. Após o rompimento do contrato, os Institutos Gálatas e Atlântico foram contratados pela prefeitura para assumir a gerência dos serviços, porém, os novos contratados também foram alvos de denúncias e desvios pelo MP. As suspeitas desencadearam a Operação Antissepsia que resultou na prisão de diretores das Oscips, conselheiros municipais, advogados, contadores e até do ex-procurador geral do Município, Fidélis Canguçu.


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