Nem Legião Urbana, nem Cazuza. A música que mais toca na Avenida Paulista, tirando risadas e aplausos dos manifestantes, é uma versão de "Bye bye tristeza", canção que ficou famosa com a cantora Sandra de Sá. A versão dos ativistas faz referência ao grampo telefônico da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgado com a autorização do juiz federal Sérgio Moro.
Na conversa, o petista de despede da chefe de Estado com um "tchau, querida". Na ocasião, Dilma garantia ao ex-presidente o documento de posse para ele ser ministro da Casa Civil. A nomeação foi suspensa pelo STJ, por suspeita de que Lula usaria o cargo para fugir da prisão, na investigação do tríplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. O "tchau, querida" também está em cartazes e camisetas de manifestantes.
Entre essas pessoas estava a estudante de Direito Stephanie Assunção, de 20 anos. Moradora do Embu-Guaçu, ela defende novas eleições. "Em vez de impedimento, deveriam propor eleições gerais. O Congresso Nacional não pode chamar a responsabilidade para ele, tem que delegar ao povo a escolha", afirmou.
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Com um salário de R$ 2.000, ela diz que "sobrevive" com o salário por conta da crise econômica, na maior retração que o País vive desde a década de 1990. "O dinheiro não dura nada, a gente deixa de ir no cinema para não gastar. Eu me viro sozinha com aluguel, tarifa de transporte e mensalidade da faculdade. Nunca consegui um benefício-social", contou a jovem que está na fila do Fies. "Congelaram o financiamento."