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Primeiro discurso

No Senado, Requião cobra reforma econômica

Agência Senado
04 fev 2011 às 18:56

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- José Cruz/ Agência Senado
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Em seu primeiro pronunciamento no retorno ao Senado, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu, nesta sexta-feira (4), a realização de uma reforma econômica, afirmando ser esta a mais importante de todas que necessitam ser feitas.

Para ele, a reforma econômica, que precisaria começar determinando o fim da autonomia do Banco Central, deve ser "profunda, radical e corajosa, a mãe de todas as reformas". "O resto virá por acréscimo, naturalmente", disse o parlamentar, que já ocupou uma cadeira no Senado de 1995 a 2002.

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Ao defender o fim da autonomia do Banco Central, Requião afirmou que a instituição age como um estado dentro do Estado, "subordinando e condicionando as ações do Estado e do setor produtivo aos mandos e desmandos do capital financeiro". Para ele, não se trata de trocar os nomes do comando do BC, mas o princípio, a doutrina.

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Sobre a reforma política e eleitoral que foi defendida durante toda a semana pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Requião questionou a importância que teria, para a vida do brasileiro, o voto distrital e as regras da fidelidade partidária, entre outros assuntos similares.

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Requião enfatizou que o que verdadeiramente interessa aos brasileiros e também aos estrangeiros são questões que põem em risco o emprego, o salário, o consumo, a produção e a inovação tecnológica, assuntos que envolvem a economia do país.


Ele criticou, em seu pronunciamento, a alta taxa de juros, a depreciação do dólar, as flutuações cambiais que impedem o empresário de planejar seu negócio, a pobreza e a criminalização das lutas e demandas populares.

Para o senador, uma nação se constrói com uma política industrial planejada,controle de câmbio, estatização do crédito, aumentos salariais substantivos, uma política agrícola que beneficie o homem do campo e com respeito aos movimentos sociais. "Uma nação se faz com coragem, determinação, ousadia. Afinal, o que queremos? Uma nação para os nossos ou um mercado para o desfrute dos outros", questionou o senador pelo Paraná.


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