O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou requerimento autorizando a instalação da Comissão Especial de Investigação (CEI) para analisar as obras da Usina Hidrelétrica de Mauá.
O requerimento é de autoria do deputado Rasca Rodrigues (PV). A Comissão será composta por sete parlamentares e terá prazo de 90 dias para concluir os trabalhos.
Rasca Rodrigues, que era secretário de Estado do Meio Ambiente na época do encaminhamento do processo de licença ambiental da UHE de Mauá, tem manifestado preocupação em relação a denúncias que apontam o não cumprimento de uma série de termos estabelecidos com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). "Eu dei a licença para a construção desta usina e não estou vendo o cumprimento de uma série de itens acordados, especialmente em relação aos assentamentos", declarou Rodrigues durante uma audiência pública realizada no Legislativo. O evento, organizado pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, aconteceu no início de junho, e teve o objetivo de discutir os direitos humanos dos atingidos por barragens.
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De acordo com Rodrigues, foram estabelecidas 71 condicionantes no momento da emissão da licença ambiental. Entre elas, o parlamentar cita como exemplo as não conformidades relacionadas à execução das operações previstas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, visando à prevenção e controle de processos erosivos. Ele diz ter recebido também informações sobre problemas de execução do Programa de Limpeza da Bacia de Acumulação, de falta de continuidade do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e na execução do Programa de Conservação de Flora e Fauna.
Tibagi - A obra da Usina Hidrelétrica Mauá, a maior em andamento no Paraná, está sendo construída no rio Tibagi, entre Telêmaco Borba e Ortigueira. A casa de força ficará na margem direita do Tibagi, no município de Telêmaco Borba. Cerca de 90% da obra já foi concluída. A previsão é de que os equipamentos estejam funcionando até o final do ano. A potência instalada total da hidrelétrica será de 361 MW, energia suficiente para atender a cerca de um milhão de pessoas. A usina está sendo construída em conjunto com a Eletrosul Centrais Elétricas, por meio do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul.