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Entrevista às rádios

Para Lula, divergência entre Palocci e Dilma é salutar

Redação - Bonde
18 nov 2005 às 11:08

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Presidente Lula durante entrevista coletiva a nove rádios - Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista a nove emissoras de rádio de todo o país na manhã desta sexta-feira (18). Ele foi questionado sobre temas como ajuste fiscal, Super Receita, política econômica, e as divergências entre o ministro da Fazenda, Antonio Palocci e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Confira trechos da entrevista:

Ajuste Fiscal

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Lula afirmou que o governo se comprometerá a gastar o que puder gastar. Lula destacou que seu compromisso "não é com as próximas eleições", mas com a próxima geração.

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"Nós fazemos ajuste fiscal por uma questão de responsabilidade. Um bom governante trata as questões financeiras de seu país como trata as questões financeiras de sua casa, com muita responsabilidade", comparou.

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Super Receita


O presidente disse esperar que o Senado aprove hoje a Medida Provisória 258, que criou a Super Receita. "É possivelmente a coisa mais moralizante na arrecadação brasileira", afirmou, em entrevista a nove emissoras de rádio. Se não for aprovada hoje, a MP perde a validade.

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Convocação de Palocci


Caso o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, seja convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades nos bingos (CPI dos Bingos), isso não será problema.

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Para Lula, o ministro deverá atender o pedido. "A minha tese é de que quem não deve não teme", afirmou.


Ele também considerou as divergências entre o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, são saudáveis e fazem parte da democracia.

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"Eu não me preocupo com a divergência, acho que ela é salutar. É saudável que as pessoas expressem o seu pensamento até que esse comportamento não prejudique a totalidade e o conjunto do governo". O presidente disse que ambos os ministros são extremamente importantes para o governo e que não está do lado de nenhum dos dois, mas sim "do lado do povo brasileiro".


Segundo o presidente, o motivo da divergência foi uma tese "que não é política de governo", apresentada pelo Ministério do Planejamento sobre uma política fiscal de longo prazo. "Por enquanto eles estão debatendo. Quando eles terminarem o debate trarão na minha mesa e junto com a Comissão de Política Econômica nós pegamos essa tese, transformamos numa política pública de governo, e aí a Dilma, o Palocci, o presidente Lula, o ministro do Planejamento, o ministro da Agricultura, a ministra do Meio Ambiente, todos passarão a defender a política defendida pelo governo", reforçou.

Informações da ABr


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