Pela quinta vez consecutiva, a Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas) conseguiu impedir a determinação da Lei Seca nas eleições. O pedido foi feito pela associação e acatado pela Sesp (Secretaria da Segurança Pública do Paraná).
"A medida está completamente ultrapassada e não sendo mais aplicada nos principais e importantes estados brasileiros, principalmente os com grande apelo turístico e que recebem turistas internacionais, como é o caso do Paraná em Foz do Iguaçu", afirmou o presidente da Abrabar, Fabio Aguayo.
De acordo com a entidade, é importante ressaltar que em outras ocasiões, de forma espontânea, os bares, casas de shows e casas noturnas foram orientados pela entidade para deixarem de vender bebidas alcoólicas das 5h da manhã às 17h. "Os restaurantes e churrascarias comercializaram normalmente durante o período do almoço e não tiveram nenhum incidente que prejudicasse a população ou transcorrer do processo eleitoral", recordou.
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A Lei Seca proíbe a venda, compra e consumo de bebidas alcoólicas no dia da eleição, sob pena de ser conduzido para uma delegacia e receber multa. E os bares e restaurantes podem ser fechados.
Em nota, a Sesp informou que a medida foi tomada neste ano após debater o assunto com outras instituições e também por consideração às decisões judiciais anteriores exaradas pelo Poder Judiciário que já foram contrárias a proibição da venda de bebidas alcóolicas.
Nas eleições de 2016, a portaria foi publicada e a Abrabar entrou com uma liminar na Justiça. O presidente da entidade agradece "o bom senso e diálogo da governadora Cida Borghetti e do secretário de Segurança, Julio Reis, por atenderem o pedido de forma administrativa e não jurídica, como em anos anteriores".
Conforme Aguayo, o setor movimenta R$ 680 milhões em todo o Paraná nos finais de semana de eleições. "Em tempos agudos e de forte crise econômica, deixar de trabalhar em uma data forte como é o sábado e domingo, compromete sensivelmente o orçamento das empresas, bem como trabalhadores", ressaltou.