A avaliação positiva do governo se estabilizou com 41,9%, este mês, após cair de 48,3%, em agosto, para 41,6%, em outubro. A desaprovação permanece constante, com 12,9%, em dezembro, contra 12,3%, em outubro. O desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também registrou estabilidade, alcançando 69,9% de aprovação e 21% de desaprovação.
Os dados foram divulgados, hoje, pelo presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, e são relativos à pesquisa CNT/SENSUS feita com duas mil pessoas, na semana passada, em 24 estados das cinco regiões do País.
Do total da população pesquisada, 52,5% acreditam que as viagens do presidente Lula ao exterior têm sido importantes e produtivas ao Brasil. Se comparadas com o governo anterior, as atuais viagens presidenciais surtem mais efeito para 52,4% dos entrevistados.
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A pesquisa mostra que o desemprego é considerado maior do que o registrado no governo anterior por 43,7%, menor por 24,4% e igual por 26,6%. A política do governo para a redução do desemprego é avaliada adequada por 43,4% e desaprovada por 39,2%.
Com relação à violência, 50,9% dos entrevistados declararam ter um caso vivenciado no seu convívio social. Sobre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, 88,1% opinaram estar de acordo para que o menor responda legalmente por seus crimes. Já 9,3% são contra.
Para 26,4% dos pesquisados, a corrupção aumentou no atual governo contra 19,5% que acreditam numa redução. A corrupção é considerada como grave ou maior do que em outros países para 72,9%. Não concordam 10,5%. A corrupção ocorre mais no poder Judiciário para 21,1%, no poder Executivo para 12,5%, e no poder Legislativo para 10,2%, sendo que 33% acham que a prática ocorre em todos os três poderes.
Sobre o balanço de 2003, 40,9% acham que este ano tem sido melhor que 2002; 24,5% afirmam que tem sido pior; e 33,1% responderam ser igual ao ano anterior. Quanto à expectativa para 2004, a pesquisa revela que 72,7% avaliam que será melhor que 2003 e 7% entendem que será pior. Para 11,8%, o próximo ano será igual a 2003.
Para o presidente da CNT, "a pesquisa conclui que a sociedade mantém tolerância e crença no presidente Lula, mas decorrido um ano de governo não está otimista em relação à queda do desemprego, da violência e da corrupção". Avalia que "são temas que podem influenciar negativamente o governo nos próximos meses" e acrescenta que "o brasileiro está entre a esperança e a prudência: ele espera que o próximo ano seja melhor, mas não se mostra encorajado a arriscar".