Se as urnas confirmarem hoje o que apontaram as pesquisas de opinião nesta última semana, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será eleito o novo presidente da República com o maior número absoluto de votos e os maiores porcentuais da história das eleições do Brasil. Nas pesquisas publicadas até sexta-feira, Lula tinha entre 64% a 66% dos votos válidos e José Serra (PSDB), de 34% a 36%. As eleições deste ano, que já bateu vários recordes, poderá quebrar mais um: o de maior votação proporcional individual.

Se Lula for eleito, e com um porcentual próximo dos números que as pesquisas indicam, ele quebrará um recorde de 57 anos. Até hoje, o maior porcentual de votos (proporcionais aos números de eleitores) numa eleição presidencial foi conquistado pelo Marechal Eurico Gaspar Dutra, que, em 1945, obteve 3,2 milhões de votos, o equivalente a 55,4% dos votos válidos e 54,16% do total. Naquele ano, o Brasil tinha apenas 7,5 milhões de eleitores. Hoje são mais de 115 milhões.

O recorde da votação absoluta pertencia até 6 de outubro ao atual presidente Fernando Henrique Cardoso, que recebeu 35,9 milhões de votos em 1998 sendo reeleito no primeiro turno com 53,06% dos votos válidos. Mas o posto de recordistas de votos, em milhões, foi conquistado por Lula que, no primeiro turno, conseguiu 39,4 milhões de votos ou 46,44% dos votos válidos.