A Polícia Federal (PF) ainda não sabe se irá indiciar os envolvidos na denúncia de existência de um caixa 2 na campanha à reeleição do prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL). Segundo um levantamento realizado pelo Ministério Público (MP) estadual, o prefeito teria deixado de declarar R$ 17 milhões utilizados na campanha à Justiça Eleitoral.
O pedido de indiciamento foi feito no dia 15 de maio pelo promotor eleitoral Valclir Natalino da Silva, após o delegado Hugo Corrêa Martins declarar que já havia evidências suficientes que apontavam para um crime eleitoral. O delegado referia-se a uma sonegação cometida pelo comitê do PFL no valor de R$ 53 mil confirmada em notas fiscais originais. "Se já há evidências de crime, podemos esperar um indiciamento, que é uma fase ainda anterior a denúncia", comenta Natalino da Silva.
A linha de raciocínio da PF, entretanto, diverge da do promotor. "Uma declaração de um delegado não é suficiente para se pedir um indiciamento. Os próprios promotores que investigaram o caso em uma primeira fase deram mais de dez declarações dizendo que havia provas de crime eleitoral, mas não formalizaram a denúncia. Só formalizaremos o indiciamento quando a investigação apontar claramente nessa direção", afirma o delegado regional da PF, Ademir Gonçalves.
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