A divulgação dos votos pró-impeachment de lideranças do PR e do PSD nesta segunda-feira, 11, na Câmara dos Deputados, levaram a cúpula do PP a reavaliar o apoio à presidente Dilma Rousseff.
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), avaliou a aliados como "muito grave" a decisão do deputado Maurício Quintella (AL) de deixar a liderança do PR para votar a favor do impeachment de Dilma na Câmara.
O dirigente partidário também se surpreendeu e avaliou como um "mau sinal" o voto a favor do parecer pró-impeachment na Comissão Especial do líder do PSD na Câmara, o deputado Rogério Rosso (DF), que era presidente do colegiado.
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As notícias levaram Nogueira a antecipar sua vinda a Brasília para avaliar o cenário e decidir como o PP se portará. Até então, havia um acordo entre as cúpulas dos três partidos para que permanecessem na base aliada.
"Estamos avaliando", disse o presidente do PP ao Broadcast Político, serviço de notícias da Agência Estado, nesta terça-feira, 12, sinalizando que a direção da sigla poderá voltar atrás da decisão anunciada na semana passada de permanecer no governo até a votação do impeachment no plenário.
Ciro tem sido pressionado pela ala oposicionista do partido para desembarcar do governo. No domingo, nove diretórios regionais emitiram nota oficial apoiando o impeachment: RS, SC, PR, SP, DF, GO, ES, MG e AC.
Na segunda, o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), fez um discurso contra o impeachment, mas liberou a bancada para votar na comissão. Dos cinco votantes da sigla, três votaram a favor e dois contra o impeachment no colegiado.
Segundo o Placar do Impeachment do jornal O Estado de S. Paulo, dos 47 deputados do PP, 25 são a favor do impeachment e nove contra. Outros oito se declararam indecisos e cinco não responderam.