O advogado do prefeito de Londrina, Paulo Nolasco, anunciou na manhã desta quinta-feira (6) que o prefeito José Joaquim Ribeiro (PSC) não pretende renunciar ao cargo porque, segundo ele, Ribeiro não ficou com a propina dada por empresários envolvidos na fraude de licitação para o fornecimento de uniformes escolares. Em entrevista coletiva, Nolasco afirmou que, Ribeiro, na época vice-prefeito de Londrina, foi apenas portador do dinheiro. Ele teria recebido as verbas e repassado a outros integrantes da administração pública, sem revelar nomes.
O advogado aguarda uma resposta ao pedido de anulação do depoimento de Ribeiro feita ao Gaeco na tarde de ontem. Ele vê irregularidades na forma em que foi colhido o depoimento. Segundo Nolasco, Ribeiro não foi avisado que seria um depoimento formal e que teria a prerrogativa de ter o acompanhamento de um advogado, o que, na sua opinião invalida as declarações dadas na ocasião.
De acordo com o Gaeco, em depoimento dado na semana passada, Ribeiro confessou que recebeu propina de pelo menos R$ 150 mil de empresários envolvidos. Ontem, o promotor de Defesa do Patrimônio Público, Renato de Lima Castro, informou que o prefeito relatou que o destino do dinheiro seria para caixa de campanha. Conforme o depoimento de Ribeiro, o dinheiro teria sido dividido em três partes de R$ 50 mil, destinadas ao atual prefeito (vice na época), ao ex-secretário de Fazenda, Lindomar dos Santos e ao ex-prefeito Barbosa Neto (PDT).
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O inquérito deve ser concluído na tarde desta quinta-feira (6). Ribeiro pode ser indiciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção passiva.