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Investigação

Presidente do Peru teria recebido propina da Odebrecht

Agência Ansa
02 mar 2018 às 09:30

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- Reprodução
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O ex-dirigente da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, revelou ao Ministério Público que a empreiteira entregou dinheiro em caixa dois para financiar as campanhas eleitorais do atual presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski. Além disso, em seu depoimento feito em São Paulo, Barata confirmou diante dos promotores peruanos, que a construtora contribuiu financeiramente para as campanhas eleitorais de Keiko Fujimori, Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.

Segundo Barata, Kuczynski recebeu US$ 300 mil da empreiteira em 2011, quando ele ficou em terceiro no pleito para à presidência do Peru. Ainda em 2011, a Odebrecht teria repassado US$ 3 milhões para Humala, vencedor das eleições daquele ano, pagado US$ 1,2 milhões para a campanha de Keiko Fujimori e mais US$ 700 mil para Toledo.

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Já o repasse ilegal para García foi em 2006, quando a Odebrecht repassou US$ 200 mil para o ex-presidente peruano, que venceu as eleições na ocasião. No entanto, todos os cinco envolvidos negam ter recebido alguma quantia da Odebrecht, que em 2016, revelou ter pago cerca de US$ 29 milhões em propinas no Peru durante vários governos.

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"Quero ratificar o que disse muitas vezes: não recebi dinheiro de Marcelo Odebrecht, nem de sua empresa, e que fique bem claro que tampouco do senhor Jorge Barata", afirmou Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990 -2000).

No fim do ano passado, devido ao escândalo de corrupção envolvendo o governo peruano, Kuczynski escapou de sofrer um processo de impeachment, após denúncias apontarem que ele recebeu milhões de dólares em propina enquanto era empresário no ramo de construção.


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