O presidente do Conselho de Ética, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), estima que antes do recesso, previsto para 18 de julho, o Senado terá encerrado o processo aberto nesta terça-feira (8) para decidir se Demóstenes Torres (sem partido-GO) feriu o decoro parlamentar.
Valadares reconheceu que a defesa de Demóstenes vai utilizar-se de todos os meios para prorrogar esse processo, cabendo sobretudo ao relator, Humberto Costa (PT-PE), munir-se de argumentos contra manobras "procastinatórias", ou seja destinadas a adiar o encerramento do caso.
Nesta quinta-feira (10), Valadares volta a reunir o Conselho de Ética para a deliberação de requerimentos, entre eles, um defendido por Humberto Costa para ouvir-se o contraventor Carlos Cachoeira no próximo dia 17 de maio. Será decidido também se o primeiro depoente dessa fase processual será Demóstenes Torres.
Leia mais:
Eleição de 2024 tem suspeita de fraude por transferência em massa de eleitores entre cidades
Câmara de Londrina marca nova audiência para debater o Código Ambiental
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Ao advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, Valadares disse que lhe serão dados todos os meios jurídicos para defender seu cliente.
"Todos os meios de prova serão aceitos: depoimentos, documentos, testemunhas, perícias etc", explicou Valadares.
Kakai, como é conhecido o advogado, disse que pleiteará o direito de trazer um perito técnico para avaliar os áudios concernentes ao inquérito de Carlos Cachoeira. Ele arrolará também como testemunha de defesa o advogado goiano Ruy Cruvinel.
Ainda de acordo com Valadares, na hipótese de o conselho de Ética entender que o acusado feriu o decoro parlamentar, o processo será enviado ao exame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ali, explicou ele, o exame será apenas do ponto de vista da constitucionalidade. De lá, o processo seguirá para o plenário do Senado.