O procurador-geral de Justiça, Marco Antonio Teixeira, disse a Procuradoria vai recorrer terça ou quarta-feira do relaxamento da prisão do ex-prefeito cassado de Londrina Antonio Belinati (sem partido), acusado de desviar recursos públicos da ordem de R$ 1,7 milhão através da AMA (Autarquia Municipal do Ambiente) e da extinta Comurb (Companhia Municipal de Urbanização, hoje CMTU).
O Tribunal de Contas do Estado detectou "desvios de finalidade" de R$ 113 milhões de 1997 a 1999 (gestão Belinati), mas os desvios podem chegar a R$ 200 milhões.
Segundo Teixeira, a Procuradoria vai dar entrada com um agravo regimental no Tribunal de Justiça. "Estamos em fase de montagem técnica do recurso, e acredito que até quarta-feira esteja concluído", explicou.
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Belinati permaneceu seis dias preso no 2º Distrito Policial de Londrina. A prisão preventiva foi decretada no último dia 4 pelo juiz Arquelau Araújo Ribas, da 4ª Vara Criminal de Londrina, a pedido dos promotores do Ministério Público. Também foram decretadas as prisões de seu ex-secretário de Administração e Governo Wilson Mandelli, do ex-presidente da Sercomtel Rubens Pavan e de outras quatro pessoas acusadas de envolvimento nos desvios.
Na tarde do dia 10, o desembargador Otto Sponholz, do Tribunal de Justiça, concedeu liminar cassando as prisões preventivas de Belinati, Mandelli e Pavan. Poucas horas depois, o ex-prefeito e seu ex-secretário (que dividiam a mesma cela no 2º DP) foram soltos. Rubens Pavan cumpria prisão domiciliar.
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