A liderança do PSDB na Câmara dos Deputados entrou nesta sexta-feira com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo investigação sobre eventuais irregularidades e possível improbidade administrativa de autoridades do governo federal no episódio envolvendo os boatos sobre o fim do programa Bolsa Família, ocorridos nos dias 18 e 19 de maio. O líder do partido na Casa, deputado Carlos Sampaio (SP), também encaminhou um requerimento à Polícia Federal solicitando acesso imediato dos partidos de oposição ao inquérito instaurado para apurar o caso.
Na representação, o tucano argumenta que há indícios de uso político de informações sobre o programa, vazamento de dados sigilosos dos beneficiários através de telemarketing e divulgação de informações incorretas pela Caixa Econômica Federal. O documento cita ainda a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que no Twitter atribuiu à oposição a responsabilidade pela onda de boatos. Para o líder do PSDB, os fatos são passíveis de instauração de inquérito civil ou penal.
Já no requerimento encaminhado ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, a oposição cobra o acesso de seu advogado às informações colhidas pelos policiais até agora. De acordo com o partido, a PF teria se comprometido a liberar o acesso dos partidos de oposição aos autos.
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Sem novidades
Nesta quinta-feira, 30, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que as investigações continuam em ritmo acelerado, mas que não há nenhum fato novo no inquérito. "Não chegamos até o momento a nenhuma situação que eu possa dizer como conclusiva", afirmou Cardozo.
Segundo o ministro, nenhuma linha de investigação foi descartada. A apuração do caso é considerada "difícil" pela dificuldade em se ouvir muitas testemunhas e se chegar à fonte primária dos boatos. "Isso não é uma investigação fácil, mas nós já temos uma linha de investigação", completou.