O PT elege neste domingo seu novo presidente estadual e a nova composição do diretório no Paraná. A disputa acontece entre o atual ocupante do cargo, o vereador de Londrina André Vargas (chapa Unidade na Luta), e o deputado federal Padre Roque Zimmermann (Movimento PT), da região de Ponta Grossa.
Vargas ocupa a presidência interinamente, desde que o antigo presidente - o prefeito de Londrina, Nedson Micheleti -, assumiu o cargo no executivo, em janeiro deste ano. O vereador foi eleito pelo diretório estadual para um mandato tampão de seis meses. Padre Roque tenta chegar ao comando pela segunda vez. Há dois anos, ele perdeu a disputa para o prefeito de Londrina.
O vencedor terá influência direta na escolha do virtual candidato petista à sucessão de Jaime Lerner (PFL). Vargas apóia o deputado estadual Ângelo Vanhoni. Parde Roque lançou sua pré-candidatura. Outros nomes se colocaram na disputa, entre eles o deputado Irineu Colombo e o secretário da Fazenda de Londrina, Paulo Bernardo.
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O novo comando terá ainda que organizar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidenciável da legenda, no Paraná.
No primeiro turno, votaram cerca de 10 mil petistas. André Vargas foi o mais votado com 3.282 votos, seguido de Padre Roque, com 2.604. Nenhum dos candidatos obteve os 50% dos votos, mais um, para vencer o pleito. Não serão disponibilizadas urnas eletrônicas nessa votação, o que prejudica a agilidade da apuração do resultado. O nome do vencedor sai durante a semana.
Padre Roque e Vargas romperam relações e provocaram uma crise interna no partido. O deputado acusou o grupo de Vargas de usar a máquina do partido para cooptar votos entre os filiados. A resposta acabou respingando na bancada de vereadores de Ponta Grossa, reduto de Padre Roque. Vargas disse que, por orientação do deputado, os vereadores estariam criando dificuldades administrativas para o prefeito Péricles de Holleben Mello (PT).