Dirigentes do PT e do PMDB minimizaram os impactos da acusação publicada pela Revista Veja de que Orlando Pessuti (PMDB) seria ''funcionário fantasma'' da Assembleia Legislativa. A candidatura à reeleição não será abalada, availaram os dirigentes.
No domingo o governador foi alvo de uma denúncia publicada na revista Veja, que afirma que ele teria sido nomeado consultor do Legislativo estadual em 2005, com salário de R$ 12 mil, apesar de já exercer a função de vice-governador.
O presidente do PMDB no Paraná, deputado Waldyr Pugliesi, minimizou o impacto da reportagem. ''Isso aí não tem influência nenhuma. Todo mundo já sabia que denúncias contra todos os lados virão'', declarou.
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A assessoria de comunicação do governo emitiu uma nota oficial ontem na qual afirma que o governador é funcionário concursado da antiga Acarpa, atual Emater desde 1979. E teve o vínculo transferido para a Assembleia em 1989. Pessuti promete tomar medidas judiciais contra a publicação. Com a possível desistência de Osmar Dias (PDT) da disputa pelo governo do Estado, o governador volta a ser a principal opção do PMDB e do PT para as eleições de outubro.
Para o líder do governo na Assembleia, deputado Caíto Quintana (PMDB), a ausência do nome de Pessuti na lista de funcionários da Casa é ''um erro administrativo, como tantos que temos visto''. ''O Pessuti era funcionário concursado e não recebeu da Assembleia nesse período em que ocupou cargos eletivos. A transferência dele (da Emater para o Legislativo) é respaldada pela legislação'', defendeu Quintana. Rosiane Correia de Freitas/Equipe Folha
Nota oficial
Diante do possível envolvimento de Pessunti no escândalo das contratações irregulares na AL, a Seção do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil divulgou a seguinte nota:
A OAB Paraná reafirma sua posição pela ampla e enérgica apuração dos fatos relativos ao denominado escândalo da Assembleia Legislativa do Paraná.
Reputa merecedoras de pronto e efetivo esclarecimento as notícias veiculadas pela revista Veja, dando conta de que o governador Orlando Pessuti, sua esposa, Regina Pessuti, e seu assessor José Correia estariam ocupando irregularmente cargos na Assembleia Legislativa do Paraná, supostamente nomeados por ato secreto.
Ao mesmo tempo, esta entidade esclarece que, em respeito ao direito de defesa, aguardará a manifestação oficial dos interessados antes de se pronunciar sobre o assunto.
Curitiba, 28 de junho de 2010
Diretoria da OAB-PR