O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), disse nesta quinta-feira (29), que o pré-acordo fechado entre dirigentes nacionais do PMDB e PT "não tem base legal". "Num jantar, a única coisa que eles podem escolher é a sobremesa", afirmou Requião.
No encontro ficou acordado a um peemedebista a vaga de vice numa possível chapa encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff em 2010. "O partido fala pelas suas instâncias oficiais, pela sua convenção; agora, eles têm o direito a opinião, não a tomar decisão."
Ele é um dos defensores de que o PMDB tenha candidato próprio, mas propõe que primeiramente discuta-se um programa de governo. "Acho que o PMDB deve, antes de tudo, lançar um programa com diretrizes de governo que seja um avanço em relação ao bom governo do Lula", afirmou Requião.
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"Um partido tem que ter uma proposta de governo e, tendo uma proposta de governo, é natural que lance um candidato." Para o governador paranaense, somente no caso de o candidato escolhido não se mostrar viável, deve-se propor uma composição, "mas sob a perspectiva do programa".
Segundo ele, o PMDB ainda tem tempo até a convenção para discutir esse programa, mesmo que isso represente um atraso em relação a outras pré-candidaturas que já estão lançadas. "Não são os outros partidos que estabelecem o cronograma do PMDB", declarou.
No Paraná, Requião é defensor da candidatura própria e tem apoiado a pretensão do vice-governador Orlando Pessuti em postular a vaga.