O deputado estadual Paranhos (PSC), um dos sete candidatos a prefeito de Cascavel, no Oeste do Paraná, deu declarações homofóbicas na noite desta quinta-feira (29) durante o debate da RPC TV, afiliada da Rede Globo no Estado. Questionado por Aderbal de Mello (PT) sobre quais seriam suas propostas para a comunidade LGBT (formada por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), ele disse que defenderá "os valores da família", entretanto, resumiu o conceito de família à união entre um homem e uma mulher.
"Eu sou um cristão. Eu respeito as pessoas. Nós vamos defender os valores da família. Isso tem que ser preservado. Sabe, é necessário que a gente, na condição de um governo, seja municipal, estadual ou federal, possa resguardar os valores familiares, os valores que nunca podem ser abalados", disse o parlamentar. O petista então citou frases misóginas do deputado federal Jair Bolsonaro, correligionário de Paranhos, como "não te estupro porque você não merece", antes de perguntar se o adversário, por ser alguém que "respeita as pessoas", apoiaria o casamento homoafetivo.
"Eu sou contrário. É meu direito como cristão. Acho que deus fez o conceito de família – homem e mulher. Aliás, diz isso na bíblia e na Constituição. Então, eu respeito como cristão e como legislador. Esse é o formato de família. Homem casa com mulher. Não pode ser diferente. Esse é o meu conceito. Agora, eu respeito, desde que fique longe das crianças, desde que não aconteça isso no shopping. Eu não gosto dessas coisas", disparou.
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Membro da chamada bancada evangélica da Assembleia Legislativa (AL), Paranhos ostenta a maior coligação, com 12 siglas, e é favorito para vencer as eleições no município. Além dele e de Aderbal, estão na disputa o também deputado estadual Márcio Pacheco (PPL); o administrador Walter Parcianello (PMDB), que é irmão do deputado federal Hermes "Frangão" Parcianello; o professor Ivanildo da Silva (PSOL) e os empresários Hélio Laurindo (PP) e Marcos Vinícius (PSB). O último é apoiado pelo atual prefeito, Edgar Bueno (PDT), que não concorre à reeleição por estar no segundo mandato consecutivo.