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Eleições 2018

Richa chama ex-aliados de 'oportunistas' e diz que segue em campanha 'sozinho'

Katna Baran Agência Estado
20 set 2018 às 17:54

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O ex-governador e candidato ao Senado no Paraná nas eleições 2018, Beto Richa (PSDB), disse nesta quinta-feira (20), que o comportamento de antigos aliados seus que, após sua prisão, não querem aparecer ao seu lado é "oportunista". Sem citar nomes, ele afirmou ainda que pretende seguir a campanha "sozinho", sem pedir a "solidariedade de ninguém".

"Não há dúvida que esse comportamento é oportunista. Deixei todos à vontade. Vi uma pesquisa (ao Senado), está tudo embolado, eu estou no páreo sim. Vou sozinho, não estou pedindo solidariedade de ninguém. Ao contrário, fiquei muito emocionado e sensibilizado pela solidariedade que recebi de muitos prefeitos e lideranças do interior", disse Richa em entrevista a RPCTV, afiliada da Rede Globo no Paraná.

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Após a detenção do tucano, por quatro dias, na semana passada, os candidatos ao governo do Paraná Ratinho Junior (PSD), que foi secretário de Estado no governo Richa, e a governadora Cida Borghetti (PP), que assumiu o governo quando Richa se desligou do cargo para concorrer ao Senado, procuraram se afastar da imagem do tucano. Cida chegou a pedir a expulsão de Richa da chapa encabeçada por ela.

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Na entrevista, Richa também se defendeu das acusações das quais foi alvo, envolvendo supostos desvios em um programa de recuperações de estradas rurais. Flagrado em gravações entregues à Justiça pelo delator do caso, o ex-deputado Tony Garcia, o tucano afirmou que aguarda perícia a ser realizada no material. "Há impressão que tem edição dessa fita", afirmou.

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Em uma das gravações, Beto comenta com Garcia que falou com Celso Frare - empresário investigado na operação - e que o empresário "agradeceu" porque "caiu um 'tito-tico' que estava atrasado". Segundo Richa, 'tico-tico' é um pagamento atrasado, não a propina. "Trata-se de um empresário que recebeu o pagamento de um contrato atrasado", disse.


A Operação Radiopatrulha do Ministério Público do Paraná (MP-PR) investiga crimes em licitações para o reparo de estradas rurais do Estado pelo programa Patrulha do Campo. Na entrevista, Richa defendeu o projeto, dizendo que foi um "espetáculo" de programa, que beneficiou mais de 200 municípios. Segundo ele, o Patrulha do Campo acabou cancelado porque o governo federal passou a repassar maquinário às prefeituras e por conta da crise.

Em relação aos outros investigados próximos ao ex-governador nessa e em outras operações, como a Quadro Negro, que apura desvios de recursos em obras de manutenção de escolas estaduais, Richa disse que "não tem compromisso com o erro de ninguém". "Cada um que se explique, dê a sua satisfação. Mas também há um excesso, temos que ser cautelosos, preservar a honra das pessoas, preservar a presunção de inocência", declarou.


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