A presidente Dilma Rousseff afirmou que o documento final aprovado na Rio+20 não retrocede em avanços conquistados em conferências anteriores, como a Rio-92. Dilma proferiu, na noite desta sexta-feira (22), o discurso de encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
"O documento que aprovamos hoje não retrocede em relação às conquistas da Rio-92, não retrocede em relação a Johanesburgo, não retrocede a todos os compromissos assumidos nas demais conferências das Nações Unidas. Ao contrário, o documento avança", declarou a presidente. "Assim como em 92, a conferência terá um efeito transformador para a sociedade."
Segundo Dilma, foram tomadas decisões importantes durante a cúpula, como a erradicação da pobreza e o respeito aos direitos humanos fundamentais. "Deixamos as bases de uma agenda para o século 21. Tomamos decisões importantes", ressaltou.
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Emergentes
Em seu discurso, a presidente Dilma afirmou também que nenhum País deve ficar aquém do que foi acordado no documento final da Rio+20. Entretanto, os pontos que foram consenso entre os chefes de Estado na conferência não devem ser tomados como limite nos esforços de promover o desenvolvimento sustentável.
"Todos os países precisam e devem avançar em relação ao documento. Mas nenhum tem o direito de ficar aquém em relação aos avanços históricos e compromissos", declarou Dilma, na cerimônia de encerramento da Rio+20. "(O documento) É um alicerce de nosso avanço, não é limite, nem tampouco teto do nosso avanço", afirmou.
Segundo a presidente, merecem menção especial os esforços dos países em desenvolvimento. "Aplauso especial aos países em desenvolvimento que assumiram compromisso concreto em relação ao desenvolvimento sustentável. Mesmo sem a contrapartida financeira prometida por países desenvolvidos", ressaltou Dilma. "O Brasil fez sua parte", afirmou.
Empresas
Para a presidente, a conferência foi um marco da participação empresarial. No discurso de encerramento da Rio+20, Dilma lembrou a participação dos diversos segmentos da sociedade. "A Rio+20 é também marco do engajamento e participação empresarial", lembrou Dilma.
"Aos resultados da conferência dos chefes de Estado de governo somam-se os diálogos e avanços da cúpula dos povos, do fórum das mulheres, da participação de movimentos sociais e organizações não governamentais."
A presidente defendeu o multilateralismo como a melhor forma de se chegar a acordos que irão resultar em efeitos concretos. "Iniciamos uma caminhada que deve ser orientada por muita ambição", disse Dilma.