O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, pediu à Assembleia Legislativa do Paraná (AL) que puna o deputado estadual Renato Freitas (PT) por uma fala a respeito da Polícia Militar, na sessão de terça-feira (7).
Freitas citou o relatório do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, que indicou que 483 pessoas foram mortas pela PM em 2022 no estado, um aumento de 18% em relação a 2021.
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Em pronunciamento, Freitas disse que, ao ver uma viatura da PM na madrugada, olha como “testemunha de crimes”.
“Eu olho como testemunha dos crimes, porque carrego na pele as cicatrizes desses crimes. Ele (o policial) quando me vê, num primeiro momento tem vergonha, mas num segundo momento essa vergonha se torna raiva, porque sou uma testemunha”.
O deputado lembrou que 60% dos mortos pela PM são negros, apesar de serem 30% da população no estado. “Somos 30% da população, por que o dobro? Por que não somos 30% de deputados e deputadas negras na Assembleia?”.
No ofício, Hudson Teixeira diz que o deputado se referiu aos policiais militares como “covardes”, “assassinos” e “serviçais do mal”, mas Freitas usou esses termos ao falar sobre casos específicos.
O parlamentar se referiu a uma suposta execução neste ano e ao caso de doze policiais envolvidos na morte de cinco pessoas em Curitiba, no bairro Alto da Glória, em 2009. Segundo Freitas, imagens de câmeras e perícias indicaram que houve execução em um terreno baldio.
“Eles foram absolvidos no Tribunal do Júri. Foram uniformizados e armados para dentro do Tribunal do Júri, intimidando as testemunhas, o juiz e o promotor. Foram absolvidos, embora todas as provas recaíssem sobre eles”, afirmou o deputado do PT.
“Vejo o sangue dos inocentes nessa Assembleia. Aqui, em 2009, esses mesmos policiais covardes, assassinos e serviçais do mal receberam medalha de honra”. O deputado ainda atribuiu a violência policial ao treinamento dado na corporação.
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