A Casa Civil realizou uma consulta sobre o passado do ex-assessor Eduardo Gaievski, que pediu exoneração após as acusações de estupros no Paraná. No entanto, nenhuma informação teria sido repassada à ministra Gleisi Hoffmann já que o processo corria em segredo de Justiça.
O ex-prefeito de Realeza (PR) teve a prisão decretada é considerado foragido.
"Nós temos uma prática no governo federal que antes de contratar fazemos uma consulta. Nós consultamos a ABIN, poder judiciário, cartórios e todos os órgãos necessários. Não existia nada sobre esse processo em relação ao Eduardo Gaievski. Depois eu fui informada que se caso corre em segredo de Justiça, nenhuma informação é apresentada", revelou a ministra nesta terça-feira (27) em entrevista à apresentadora Joice Hasselmann.
Leia mais:
Não estou no Instagram e no Facebook e tenho uns 20 perfis, diz Moraes em crítica a plataformas
Deputado federal de Londrina é citado em relatório da Polícia Federal
Senado aprova projeto que aumenta para 10 anos banimento de torcedor violento dos estádios
PF faz busca e apreensão contra chapa eleita no PR que comprou votos no Pix
Gleisi disse que estava em viagem na China e que aceitou o pedido de exoneração do assessor que acompanhava programas na área da Saúde.
"Quando eu soube que não constava nada sobre ele por segredo de justiça eu fiquei preocupada. Isso é um alerta. Precisamos criar um mecanismo para verificar se existem outras situações semelhantes e que medidas nós podemos tomar para que não aconteçam novas situações", acrescentou.
Ela afirmou que nunca percebeu nenhum comportamento diferente de Gaievski, que tinha "boas referências", principalmente por conta do trabalho realizado na Prefeitura de Realeza. "Fiquei chocada, abismada. Esse é um crime muito grave, muito cruel, que deixa marca. Fico pensando na dor dessas meninas, no sofrimento delas. Se de fato aconteceu, ele deve pagar por isso", declarou.
"Quem não deve não teme. Se ele alega inocência, ele deve se apresentar à polícia para esclarecer o fato. Se esconder é muito ruim", sugeriu a ministra.