O STF (Supremo Tribunal Federal) formou, nesta sexta-feira (25), maioria de votos para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão do ex-presidente Fernando Collor.
Até por volta das 21h, seis ministros da Corte votaram pela manutenção da decisão individual de Moraes. No entanto, apesar da maioria formada, o julgamento não será finalizado nesta noite.
O ministro Gilmar Mendes solicitou destaque do julgamento, que acontece de forma virtual, e a decisão do caso foi transferida para a sessão presencial do plenário. A data para retomada da análise do caso ainda será definida posteriormente.
Leia mais:

Moraes rejeita denúncia contra 2 por trama golpista e vota para tornar réus mais 10

Renato Freitas e Ricardo Arruda são novamente denunciados ao Conselho de Ética

'Não é o momento', diz ex-diretor da Câmara dos Vereadores sobre aumento de cadeiras

Janja defende regulação das redes em evento e relembra episódio com presidente chinês
Além de Moraes, os votos foram proferidos por Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.
Cristiano Zanin está impedido de participar do julgamento por ter atuado como advogado em processos da Operação Lava Jato antes de chegar ao Supremo.
Na quinta-feira (24), Moraes determinou a prisão do ex-presidente para dar início ao cumprimento da condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Lava Jato.
Em 2023, Collor foi condenado pelo STF. De acordo com a condenação, o ex-presidente e ex-senador, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Ainda conforme a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.
Ao determinar a prisão, Moraes entendeu que os recursos da defesa para derrubar a condenação são protelatórios para evitar a condenação.
Collor vai ficar preso em um presídio em Maceió, onde mora.
