O ministro da Justiça, Tarso Genro, desmaiou neste domingo (16) em Laz Paz, durante cerimônia de assinatura do acordo para a construção de um corredor interoceânico envolvendo Bolívia, Brasil e Chile. Ele passa bem e vai passar a noite em observação na clínica Rangel, na capital boliviana.
O presidente boliviano, Evo Morales, fazia o último discurso da noite quando um estrondo o interrompeu. Tarso, que estava na primeira fileira, havia caído no chão. Foi atendido no local, com massagem cardíaca e máscara de ar comprimido, e em seguida levado para uma sala fora do salão principal do Palácio Quemado, sede do governo boliviano, de onde saiu de ambulância para a clínica.
Como bateu a cabeça e passou por uma série de exames, vai passar a noite internado e pode antecipar a volta ao Brasil, não participando da agenda da delegação nesta segunda.
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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, e a ministra da Saúde da Bolívia, Nila Heredia, correram para atendê-lo. As duas são médicas. Pouco depois, o médico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cléber Araújo, apareceu para explicar que o ministro teve queda de pressão – baixou "um pouquinho", segundo ele – e já estava recuperado.
É comum visitantes se sentirem mal em La Paz, cidade que fica a 3.660 metros de altitude. Os índios aymara, originários da região, chamam esse mal da altitude de sorojchi. O remédio preferido deles é pijchar, ou seja, mascar folhas de coca.
A localização de La Paz ameaça deixar a cidade sem poder sediar jogos de futebol, fato criticado neste domingo pelo presidente Evo Morales. Segundo ele, a decisão recente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de proibir a prática do esporte em estádios a mais de 2.750 metros de altitude é uma discriminação. A informação é da Agência Boliviana de Informação.