O presidente da República, Michel Temer (PMDB), repetiu, em evento de anúncio de medidas contra a seca no Nordeste, em Maceió (AL), que o País está em uma "grande recessão" e que para combatê-la é necessária a interlocução com Congresso. "Para isso, precisamos ter diálogo e a primeira palavra do governo é o dialogo", disse Temer nesta terça-feira (27).
O presidente citou a rapidez com que as primeiras medidas do Executivo foram aprovadas no Parlamento e o apoio obtido na votação. "Graças a Deus e graças à compreensão do Congresso, medidas são apoiadas com índice superior a 88%, o maior de apoio em todos os tempos", disse.
Temer lembrou que o evento marcava a entrega de recursos para a construção de 133,5 mil reservatórios e cisternas o que, na opinião do presidente, mostra que "temos os olhos voltados para o problema da seca no Nordeste", disse. "Se até o final do meu mandato conseguir levar água pra o Nordeste já estarei satisfeito", emendou, lembrando que as obras de transposição do Rio São Francisco, cujo trecho leste deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2017, começaram há 15 anos.
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O presidente lembrou que como secretário de Segurança Pública em São Paulo criou a primeira delegacia da mulher do País, usada por ele no discurso como exemplo de medidas "singelas" que podem ter grande impacto. Entre as medidas do governo federal consideradas "singelas", Temer citou a liberação de recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que atingirá 10,2 milhões de trabalhadores e injetará cerca de R$ 30 bilhões na economia brasileira. Além disso há a redução dos juros do rotativo no cartão de crédito e a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos, "aprovada em tempo recorde", segundo ele.
Para o presidente, serão necessárias outras medias para o País, como a reforma trabalhista, "num grande acordo com sindicatos e empregadores, de pacificação das relações do trabalho". Em seguida, Temer citou o apoio dado a programas bandeiras do governo dos ex-presidentes, e agora adversários, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Entre as medidas estão o reajuste de 12,5% ao Bolsa Família e o aumento em 70 mil bolsas de estudo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). "São tópicos para dizer que queremos o combate ao desemprego, à recessão e estamos fazendo muito sem nenhum carro alegórico, sem muito barulho, apenas executando", concluiu.