O Tribunal Regional Federal da Primeira Região negou na segunda-feira (7) pedido de liberdade do contador Geovani Pereira da Silva, apontado pela Polícia Federal como tesoureiro do grupo comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O contador é o único dos envolvidos na Operação Monte Carlo, deflagrada no final de fevereiro, que está foragido.
O advogado do tesoureiro, Calisto Abdala Neto, afirmou que deve entrar até a próxima segunda-feira (14) com novo pedido de liberdade para o contador no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em outra frente, o defensor disse que pediu à Justiça Federal de Goiânia a revogação da ordem de prisão preventiva contra Pereira da Silva. Segundo Abdala Neto, não há motivo para manter a decisão contra seu cliente.
"O Geovani era empregado do Carlos. Era empregado, que era mandado. Não era sócio, não era nada", disse o advogado, para quem o contador nunca teve "participação decisiva" na atuação do grupo. "Ele está mais preso do que as pessoas que estão presas. É até difícil advogar para ele", protestou o defensor.
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O advogado disse que o contador pretende primeiro prestar seu depoimento à Justiça, mesmo que seja na forma de uma carta, para depois pensar na sua ida à CPI do Cachoeira. A comissão marcou sua fala à CPI para o dia 22. O defensor disse que, embora seu cliente esteja disposto a "cooperar" com a comissão, só vai cogitar da sua ida ao Congresso depois da liberdade dele. "Senão ele sai preso daqui (da CPI)", ponderou.