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Tesoureiro do PT

Vaccari é um dos 11 operadores de possível esquema investigado, diz a PF

Agência Estado
05 fev 2015 às 11:42

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Integrantes da força-tarefa da Lava Jato informaram nesta quinta-feira (5) que a nova operação deflagrada teve como objetivo coletar provas de desvios ocorridos na Diretoria de Serviços da Petrobras que teria a participação do tesoureiro nacional do PT, Vaccari Neto.

Segundo integrantes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal há suspeitas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro dentro da Petrobras, ocorrido até o ano de 2014. Segundo a PF, Vaccari é um dos onze operadores de possíveis esquemas que a instituição está investigando.

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"Os fatos investigados vão até o ano de 2014. Não podemos dizer a data de início do esquema, mas fatos aconteceram até o ano passado", afirmou o procurador federal Carlos Fernando. "A Investigação na BR Distribuidora envolve possível pagamento de comissões para funcionários. A empresa envolvida no esquema com BR Distribuidora é de Santa Catarina e produz tanques", explicou o representante da Polícia Federal, Igor Romário de Paula.

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De acordo com Carlos Fernando e Igor Romário de Paula, a investigação envolve 11 operadores identificados dentro de diretoria de serviços da Petrobras. Entre esse operadores estaria o tesoureiro do PT, Vaccari Neto, que foi conduzido à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. "Vaccari teria relação com esquema de operadores. É uma investigação, não há acusação", afirmou Carlos Fernando. "Temos informações de que Vaccari solicitava valores legais e ilegais de pessoas que tinham contrato com a Petrobras. Não podemos dizer exatamente o destino das doações solicitadas por Vaccari. Mas queremos saber informações de doações que Vaccari solicitou, legais ou ilegais", acrescentou.

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Segundo Carlos Fernando, salvo o tesoureiro, os outros envolvidos no esquema não têm ligação com o PT. Igor Romário de Paula também considerou que não é possível no momento estabelecer uma relação dos desvios com o partido.


Na manhã desta quinta-feira, 5, cerca de 200 policiais federais, com apoio de 25 servidores da Receita Federal, cumprem 62 mandados judiciais: um de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia e de Santa Catarina.

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Segundo integrantes da operação, as prisões foram feitas com base em depoimento de um dos colaboradores da Lava Jato. "A palavra de um colaborador tem força relativa, vamos atrás de provas materiais", disse o procurador federal Carlos Fernando.


Os dois mandados de prisão temporária foram concluídos em Santa Catarina e um terceiro está no exterior. "Ainda não é conveniente revelar nomes de envolvidos, porque diligências estão em curso", afirmou Fernando.

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O procurador informou ainda que dos mandados nenhum envolve o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, indicado pelo PT ao cargo." Se houvesse prova contra Renato Duque ele estaria sendo preso hoje", ressaltou o procurador.


Segundo os agentes, a demora nas buscas se deve ao volume de dinheiro encontrado nas empresas alvo da operação. "Há volume muito grande de dinheiro apreendido em uma das empresas onde foi feita a busca. Vai demorar para ser contado", afirmou Igor Romário.

A nona fase da operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira foi batizada pela Policia Federal de "My Way", em referência a como um dos delatores do esquema, Pedro Barusco, se referia ao ex-diretor Renato Duque.


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