A vereadora Sandra Graça (PP) foi denunciada pelo Ministério Público pelo crime de peculato, que é a apropriação de dinheiro público feita por funcionário ou ocupante de cargo público. O motivo da denúncia criminal é que ela teria contratado funcionário comissionado, mas que efetivamente não teria trabalhado, o chamado "funcionário fantasma".
O "fantasma" seria Salvador Yukihide Kanehisa, que entre 28/09/2005 a 25/10/2005 esteve no Japão, tratando de assuntos pessoais, sem estar gozando férias. Neste período, ele recebeu normalmente seu salário de assessor.
Também entre abril e dezembro de 2008, Kanehisa, que é proprietário de uma marcenaria e de uma academia de artes marciais, novamente teria recebido seus vencimentos na Câmara sem trabalhar. Os pagamento ilegais a Kanehisa chegariam a R$ 10,8 mil. Tal denúncia já é alvo de ação por ato de improbidade administrativa, que tramita na 5ª Vara Cível.
Leia mais:
Eleição de 2024 tem suspeita de fraude por transferência em massa de eleitores entre cidades
Câmara de Londrina marca nova audiência para debater o Código Ambiental
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Em entrevista à Rádio Paiquerê AM, o promotor Cláudio Esteves disse que a contratação de funcionários comissionados na Câmara de Londrina é objeto de preocupação. "Uma das coisas que nos preocupa muito e que deveria ser objeto de reflexão na Câmara é justamente a função desses servidores públicos comissionados porque, não raras vezes, temos visto a utilização distorcida dessas pessoas, para fins que não são do interesse público", disse Esteves.
A pena para o crime de peculato varia entre 2 e 12 anos de prisão. A reportagem do Bonde telefonou para a vereadora, mas seu celular estava desligado.