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Olho em 2018

'Voltei a voar outra vez', afirma Lula sobre retorno à atuação política

Agência Estado
30 ago 2015 às 17:27

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- Divulgação
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Um dia depois de fazer declaração explícita de que pode ser candidato à Presidência em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que, em resposta às críticas que vem sofrendo de adversários e movimentos antipetistas, vai "voltar a voar" no sentido de que pretende fazer política com mais intensidade.

"Na verdade estou naquela fase de quem está esperando o dia da aposentadoria mas as pessoas não me deixam em paz. Os adversários todo santo dia falam do meu nome. E eu aprendi uma coisa. Você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no mesmo galho. Se ele ficar pulando, é difícil. Então é o seguinte: eu voltei a voar outra vez", disse Lula, ontem, durante seminário sobre as cidades do século 21 promovido pela prefeitura de São Bernardo, do qual também participou o ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica. "Eu agora vou falar, vou viajar, vou dar entrevistas", completou o petista.

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Nos últimos dias, em conversas reservadas, Lula tem dito que o risco de afastamento da presidente Dilma Rousseff passou e os alvos agora são ele próprio e o PT. Por isso, decidiu se colocar na disputa e servir como uma espécie de anteparo do governo. "Como tenho as costas largas e já apanhei demais na vida vou ver se eles dão um pouco de sossego para nossa querida Dilma e começam a se incomodar comigo outra vez", afirmou o ex-presidente, que condenou o que chamou de "ódio contra o PT".

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Depois de ouvir de Mujica que "não há homens imprescindíveis, há causas imprescindíveis", Lula concordou, mas fez uma ressalva. "Todo homem que se sente insubstituível e imprescindível, quando começa a pensar isso é porque está nascendo dentro dele um ditador. Não existe ninguém insubstituível, mas também não se criam lideranças do mesmo jeito que você faz pão".

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Movimentos. Em um discurso de mais de uma hora, Lula fez críticas indiretas à presidente Dilma Rousseff ao dizer que nenhum governo pode se afastar da população. "Um governo só pode dar certo se ouvir os movimentos sociais, e ouvir mais de uma vez", disse Lula que, também em conversas reservadas, reclama frequentemente da falta de disposição de Dilma para o diálogo.


Embora tenha admitido que o PT e o governo cometeram "alguns erros", Lula não falou sobre os escândalos de corrupção protagonizados por petistas e aliados.
'praga'.

Em Cuiabá, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, um dos tucanos cotados para disputar a Presidência em 2018, fez o discurso mais veemente do ato que marcou a entrada do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, no PSDB. "Temos que nos livrar dessa praga que é o PT. O PT do desemprego, da inflação, dos juros pornográficos e dessa praga do desvio do dinheiro público. Hoje é tempo de honestidade."


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