Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente da República, contou, nesta sexta-feira (16), que Zilda Arns, apesar de receber recursos públicos para a Pastoral da Criança, não tinha pudores para criticar o que não julgava certo. "Inúmeras vezes, ela, como membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), fazia críticas duras ao governo", lembrou Carvalho, durante velório, no Palácio das Araucárias.
A atitude de Zilda, segundo ele, é exaltada e respeitada. "Ela mantinha uma autonomia cidadã que deve ser reconhecida. Nunca fez média com governo nenhum", afirmou.
A Pastoral da Criança, entidade fundada pela médica em 1986, detém o maior convênio do Ministério de Desenvolvimento Social. "Com a pastoral temos a certeza que os recursos irão para uma questão emergencial, de uma forma muitas vezes melhor do que se aplicássemos em alguma estrutura governamental", disse Carvalho.
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Zilda Arns Neumann, médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, morreu aos 75 anos vítima do terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira (12). Ela estava na capital, Porto Príncipe, onde fazia palestra sobre o trabalho da Pastoral da Criança.
No sábado (16), dom Geraldo Majela Agnello, irá celebrar a missa de corpo presente, com participação restrita a familiares. A cerimônia começa às 14h e será transmitida ao vivo pela TV Paraná Educativa. O corpo de Zilda Arns será enterrado no Cemitério Municipal da Água Verde – o sepultamento também será restrita aos familiares.