Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Mudança

Os preços dos imóveis sobem com a inflação? Entenda

Michael Viriato - Folhapress
10 jan 2022 às 16:42
- Alexandr Podvalny/Pexels
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Valorização dos preços dos imóveis fica abaixo da inflação na última década

Você provavelmente já ouviu que o preço dos imóveis sobe com a inflação. É de conhecimento comum que os imóveis são um tipo de investimento que protege contra a inflação. Mas a afirmação de que o preço dos imóveis sobe com a inflação é verdadeira? E os fundos imobiliários também teriam a mesma característica?

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A primeira tabela abaixo mostra o retorno anual dos preços de imóveis residenciais calculados pelo portal FipeZap.

Leia mais:

Imagem de destaque
Valores promocionais

Construtoras promovem feirão de imóveis em Londrina

Imagem de destaque
15 de março

Onda de calor põe ar-condicionado como destaque no Dia do Consumidor

Imagem de destaque
Balanço

Vendas de novos imóveis batem recorde em 2023 com Minha Casa, Minha Vida

Imagem de destaque
Saiba mais

Luana Piovani coloca apartamento em São Paulo à venda por mais de R$ 2 milhões


Observa-se pouca relação entre os retornos dos preços dos imóveis e o IPCA nos últimos 10 anos. De fato, a correlação entre os dois é de 0,17. Uma correlação alta seria se esse número estivesse mais próximo de 1.

Publicidade


A variação de preços de residências nos últimos 10 anos ficou inclusive abaixo do IPCA.


Portanto, não é possível afirmar que os preços de imóveis são corrigidos pela inflação no curto prazo ou médio prazo, ou seja, em menos de 10 anos.

Publicidade


No entanto, no longo prazo, ou seja, em mais de 10 anos, é esperado que os preços dos imóveis se valorizem pelo menos a variação da inflação.


Existem duas razões para isso. A primeira é que os materiais para construção de um imóvel novo e a mão de obra utilizada para a construção tendem a subir com a inflação. De fato, nos últimos 10 anos o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) subiu mais que o IPCA.

Publicidade


Como estes itens necessários para a construção de uma casa nova sobem é esperado que em algum momento isto se reflita no preço do imóvel.


O segundo fator que sugere que os imóveis deveriam corrigir a inflação no longo prazo é o fato de o aluguel ser corrigido pelos índices de inflação.

Publicidade


Assim, não se deve esperar que os imóveis de forma agregada corrijam a inflação no curto ou médio prazo, mas isso sem dúvida deve ocorrer no longo prazo.


De fato, quando incluímos mais anos na tabela acima, verificamos que o retorno acumulado dos preços dos imóveis recupera o atraso observado nos últimos 10 anos.

Publicidade


Talvez você perceba que o imóvel que você adquiriu teve maior valorização. Analisamos acima a média de preços. Para a construção desta média, alguns imóveis tiveram forte valorização positiva, mas outros se desvalorizaram. Você pode ter tido a sorte de estar no lado positivo da média.


Os fundos imobiliários não seguem movimento diferente. Afinal eles são imóveis. No entanto, em sua maioria são imóveis comerciais.

Publicidade


Cada tipo de imóvel segue uma dinâmica de preço distinta no curto e médio prazo.


Você pode fazer uma analogia dos diversos segmentos imobiliários aos setores de empresas negociadas na bolsa. Cada um dos setores, por exemplo varejo, educação, bancário e commodities, vai ter sua própria dinâmica. Um agregado destes setores é o índice Ibovespa.


Da mesma forma, quando se pensa em fundos imobiliários, há o IFIX que é o índice agregado dos fundos imobiliários, calculado pela B3, mas existem os diversos segmentos. Cada um deles pode ter variação de preço diferente no curto prazo e distinta também do segmento residencial.


Assim como explicado para os imóveis residenciais, no longo prazo, todos estes segmentos dos fundos imobiliários tendem a ter a mesma relação com a inflação.


A tabela abaixo mostra os retornos anuais e o acumulado do IFIX. Para comparar com o segmento residencial, incluí o retorno de aluguel líquido de taxas e IR que é de cerca de 0,3% ao mês.


Assim, nos últimos 10 anos, comprar imóveis residenciais, em média, foi pior que manter uma carteira diversificada de fundos imobiliários quando se considera o ganho de capital e retorno de aluguel.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade